Reposição hormonal para mulheres com histerectomia

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reposicao hormonal e histerectomia

Hoje nós vamos falar sobre um tema muito interessante e que tem sido frequentemente abordado: a reposição hormonal e histerectomia. 

Isso vem ocorrendo em uma proporção cada vez maior em mulheres que foram submetidas a retirada dos seus úteros, ao passarem por uma cirurgia chamada histerectomia. E que agora precisam iniciar o processo de reposição hormonal.

Por isso, compartilho com vocês o artigo abaixo, no qual falo mais sobre estes dois importantes temas, e a relação entre reposição hormonal e histerectomia. Siga a leitura e tire suas dúvidas meus amigos e minhas amigas!

A reposição hormonal

Quando as mulheres têm útero, a combinação hormonal que se usa especificamente para o tratamento da menopausa é a associação do estradiol com a progesterona.

A negativa é de que quando as mulheres sofrem a retirada do seu útero, elas não precisariam mais fazer reposição de progesterona. Mas isso é um grande erro.

O que se recomenda em muitas das situações é a mulher de fazer o uso do estradiol puro e simples, e não precisa mais da progesterona sobre a negativa de que a grande função da progesterona seria manter a cavidade uterina saudável. 

Mas ao serem submetidas a histerectomia, acreditam que não precisam ter o sangue menstrual.

Muito embora o esquema da reposição da menopausa possa ser feito com estradiol de modo contínuo, e a progesterona apenas numa fase do mês, faz com que boa parte dessas mulheres tenham sangramento.

Dessa forma, a partir do momento que essa mulher está em pós-menopausa e passa a sangrar normalmente,  elas não querem mais fazer reposição hormonal.

Esse é um dos mais importantes motivos que leva a mulher a abandonar o tratamento hormonal da menopausa. 

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Importância do sangramento menstrual

Porém, o sangramento que deveria ser exatamente muito bem-vindo, porque ele é uma demonstração de que essa mulher está renovando regularmente seu endométrio e o eliminando regularmente, é um fator de proteção contra o câncer de endométrio. Mas as mulheres não aceitam e não acham uma ideia bem-vinda sangrar depois da menopausa.

Assim, a maior parte das mulheres não convive bem com essa situação e por não ser uma situação bem-vinda, não a pratica como rotina e de maneira adequada.

Em contrapartida, a reposição hormonal contínua com estradiol e a presença permanente da progesterona quando essa mulher retira o útero, se usa com o argumento de que a progesterona serve para manter esse endométrio atrófico. 

Dessa maneira, essa mulher não sangrará, e a progesterona não seria mais útil porque essa mulher não tem mais útero.

Importância da progesterona

Mas é preciso dizer que esse é um equívoco importante. A progesterona é um hormônio importantíssimo não só para manter o endométrio atrófico, mas também é um hormônio que tem ações muito importantes antiproliferativas no tecido mamário.

A progesterona é um protetor natural do tecido mamário. Por isso, sob hipótese alguma, não deve integrar o esquema da reposição hormonal. 

Ao contrário, o que se faz é ajustar a reposição hormonal na mulher que não tem mais o endométrio, que consome uma boa parte dessa progesterona que ela está suplementando.

Para isso, utilizamos um protocolo com doses bem mais baixas de progesterona, mas não excluímos totalmente o hormônio do protocolo da mulher que está fazendo reposição mesmo customizada.

O que fazemos é simplesmente colocar uma proporção bem menor de progesterona. Lembrando também que além dessa importantíssima ação antiproliferativa, a progesterona é um hormônio que tem ações moduladoras do sistema autonômico parassimpático.

É ainda possível dizer que a progesterona contribui diretamente para a estabilidade moral, a

estabilidade comportamental, para o prazer, pela sensação de bem-estar. Ou seja, a progesterona tem ações naturais antidepressivas – é o antidepressivo natural.

Tem ainda um papel muito importante da regulação de eletrólitos, combate à retenção hídrica. É um hormônio que tem ações também muito importante no quesito da preservação da massa óssea.

É um hormônio que trabalha fortemente a ativação de osteoblastos e pode contribuir diretamente para a densidade mineral óssea e para a qualidade desses ossos.

Reposição hormonal e histerectomia

Então, por essas e por inúmeras razões a progesterona tem que fazer parte do protocolo de reposição hormonal e histerectomia. 

Lembrando que outro hormônio importantíssimo que deve ser incluso ao protocolo da menopausa é o estriol. Ele é um hormônio que possui extraordinárias propriedades antineoplásicas. 

É um hormônio que pode modular a produção de esteroides, que na saúde mamária feminina podem estar relacionada com o aumento do risco de proliferação de tecido mamário.

Então o estriol é um hormônio importantíssimo e entra nesse protocolo como um protetor contra o câncer. 

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Papel do da testosterona

E finalmente, um hormônio que não pode ser negligenciado também no contexto dos hormônios da menopausa é a testosterona. 

Ele é fundamental para a manutenção da massa magra, para o transporte ativo de oxigênio, para libido, desempenho dos desejos sexuais.

Dessa maneira, uma mulher apesar de ter passado pelo processo de retirada do útero, precisa sim da reposição hormonal para ter os mesmos benefícios da mulher que tem útero.

Ela pode ser beneficiada com a suplementação de estradiol, progesterona, estriol e

testosterona. E assim estamos contribuindo para a promoção de uma boa qualidade de vida, lembrando que os hormônios trabalham a favor da vida!

Por fim, espero que a relação reposição hormonal e histerectomia tenha sido clara e, para saber mais sobre este importante tema, bem como outros relacionados à melhor qualidade de vida, siga meu canal do Youtube!