Há muito se sabe que evitar a hipertensão é bom para o sistema cardiovascular. Mas estudos identificaram uma relação entre pressão alta e declínio cognitivo a partir da meia-idade.
E com um número tão grande de brasileiros com hipertensão — estima-se que 30% tenha esta condição — é sempre importante unir forças para se evitar esta doença crônica que pode ser evitada.
Como fica claro no estudo que trago abaixo, além de ser maléfica para o sistema cardiovascular, a hipertensão arterial afeta também o lado cognitivo das pessoas durante o envelhecimento.
Para saber mais sobre este tema, compartilho com vocês uma análise do estudo que fez esta ligação. Confira!
O que diz os estudos
Em um estudo de longo prazo, os pesquisadores monitoraram a pressão arterial de milhares de participantes cinco vezes ao longo de quase três décadas. Após, realizaram testes neurológicos.
Ter hipertensão entre os 40 e os 60 anos foi associado a um risco aumentado de demência mais tarde na vida, em comparação com aqueles com pressão arterial normal.
Entre os participantes do estudo que tiveram hipertensão durante a meia-idade, houve 3,28 casos de demência por 100 pessoas por ano. Entre aqueles com pressão arterial normal durante a meia-idade, houve 1,84 casos por 100 pessoas por ano.
A hipertensão é extremamente comum na população e a demência também está crescendo em prevalência à medida que a população envelhece.
Mas os resultados do estudo sugerem “outra razão importante para campanhas agressivas de saúde pública para se evitar a hipertensão arterial o mais cedo possível na vida.
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Hipertensão na meia-idade
O estudo também indicou que a pressão arterial alta ou baixa no final da vida aumentava o risco de demência se uma pessoa tivesse hipertensão pela primeira vez durante a meia-idade.
Ou seja, meus caros e minhas caras, como a pressão arterial no final da vida influencia o cérebro parece depender da pressão arterial da meia-idade.
Entre as pessoas com pressão arterial normal a partir da meia-idade, 1,31 por 100 pessoas desenvolveram demência a cada ano.
O número de novos casos de demência foi maior para aqueles com hipertensão a partir da meia-idade, com 2,83 por 100 pessoas por ano.
Mas o grupo de maior risco teve hipertensão primeiro e depois pressão arterial baixa em idades mais avançadas, com 4,26 novos casos por 100 pessoas por ano.
Por exemplo, a hipertensão se considerou como tendo pressão sistólica (quanta força o sangue coloca nas paredes das artérias quando o coração bate) acima de 140 milímetros de mercúrio. E a pressão arterial diastólica (a força nas paredes das artérias quando o coração descansa) acima de 90.
Mas esse era o padrão definição de hipertensão quando o estudo começou, ainda em 1987. Agora, uma leitura de pelo menos 130 sobre 80 se considera como indícios de hipertensão arterial.
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Impactos no corpo
A hipertensão pode danificar os vasos sanguíneos, tornando-os mais rígidos. Pesquisas anteriores sugerem que, quando os vasos do cérebro se danificam, o órgão não funciona tão bem, possivelmente porque recebe menos oxigênio e nutrientes.
Então, mais tarde, se a pressão arterial estiver muito baixa, o fluxo sanguíneo reduzido pode deixar o cérebro ainda mais faminto.
É por isso que devemos desde cedo procurar manter um estilo de vida bastante saudável. Com uma alimentação regrada, realizar atividades físicas regulares, evitar o estresse e respeitar sempre os horários do sono.
Dessa forma daremos ao nosso corpo as condições ideais para manter sua saúde ao longo do tempo, e que possamos no futuro ter uma velhice saudável e ativa.
Portanto, meus caros e minhas caras, não brinque com sua saúde. Evite a hipertensão arterial e mantenha um estilo de vida saudável. E para mais dicas e informações siga também meu canal do Youtube!