A história humana é marcada por nossa capacidade de inovação. Fomos capazes de evoluir do uso de ferramentas rudimentares de pedra para criar maquinários complexos que produzem de tudo, desde sorvete até carros. 

No entanto, esse progresso não veio sem custos. A concentração e combinação de metais pesados encontrados na natureza, que alimentaram grande parte dessa inovação, resultaram em níveis de toxicidade que afetam tanto os seres humanos quanto o planeta em que vivemos.

Para detalhar os efeitos dos metais pesados no organismo, compartilho com vocês, meus caros e minhas caras, o artigo abaixo. Sinta-se à vontade em seguir a leitura e tirar todas as suas dúvidas agora mesmo!

Metais pesados: muito de uma coisa boa?

O corpo humano requer pequenas quantidades de alguns metais pesados, como zinco, cobre e ferro. Nós obtemos esses metais principalmente através de nossa dieta. 

No entanto, em um mundo cada vez mais industrializado, esses metais nos cercam em nossas casas, no trabalho e em praticamente todos os lugares onde a atividade humana está presente.

Com o tempo, esses metais podem ser gradualmente absorvidos pelo nosso corpo, levando a níveis perigosamente altos de toxinas em nosso sistema que podem causar danos em diversos órgãos e sistemas.

Os efeitos da exposição aos metais pesados

Os efeitos da exposição a metais pesados podem ser generalizados e dependem dos metais específicos aos quais você está exposto. 

Isso pode levar a danos nos pulmões, cérebro, estrutura musculoesquelética, órgãos principais como os rins e fígado, no sangue, sistema metabólico e trato gastrointestinal.

A pesquisa sobre o efeito de metais pesados no corpo humano ainda está em andamento, mas estudos sugerem que o envenenamento por metais pesados pode levar ao declínio das funções físicas, musculares e neurológicas, além de alguns tipos de câncer.

Os principais culpados da toxicidade por metais pesados

Dos muitos metais encontrados em nosso mundo, há 23 que são particularmente preocupantes. 

Alguns dos mais comuns são mercúrio, arsênico, chumbo, cádmio, ferro, alumínio e níquel. Esses metais estão comumente presentes em nosso ambiente e podem ser absorvidos pela pele, inalados ou ingeridos.

Os metais são geralmente classificados em três categorias:

• Elementos essenciais, como sódio, potássio, cálcio, ferro, zinco, cobre, níquel e magnésio.
• Micro-contaminantes ambientais, como arsênico, chumbo, cádmio, mercúrio, alumínio, titânio, estanho e tungstênio.
• Elementos que são essenciais, mas também podem atuar como micro-contaminantes, como cromo, zinco, ferro, cobalto, manganês e níquel.

Reconhecendo o envenenamento por metais pesados

Historicamente, os efeitos tóxicos dos metais eram considerados eventos de curto prazo, agudos e evidentes. Atualmente, as ocorrências a médio e longo prazo são observadas, e as relações causa-efeito são menos evidentes e frequentemente subclínicas, dificultando sua distinção e especificidade.

A manifestação dos efeitos tóxicos está relacionada à dose e pode se distribuir por todo o organismo, afetando vários órgãos, alterando os processos bioquímicos, organelas e membranas celulares. 

Grupos vulneráveis como idosos e crianças são considerados mais susceptíveis a essas substâncias tóxicas. Aliás, os alimentos são uma das principais fontes de exposição a esses metais tóxicos.

Em adição aos critérios de prevenção em saúde ocupacional e de monitorização ambiental, a biomonitorização é um indicador biológico de exposição. 

Qualquer substância ou seu produto de biotransformação, ou qualquer alteração bioquímica observada nos fluídos biológicos, tecidos ou ar exalado, mostra a intensidade da exposição e/ou a intensidade de seus efeitos.

Os sintomas do envenenamento por metais pesados podem ser amplos e variam de fadiga crônica a problemas gastrointestinais. Se você tem uma condição médica para a qual ainda não encontrou uma resposta, pode valer a pena investigar a possível presença de metais pesados.

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Riscos dos metais pesados

No Brasil, estima-se que apenas 600 mil das 2,9 milhões de toneladas de resíduos industriais perigosos gerados anualmente recebem tratamento adequado. 

Os 78% restantes estão indevidamente em lixões, sem qualquer tipo de tratamento, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Tratamento, Recuperação e Disposição de Resíduos Especiais (ABETRE).

A exposição a metais pesados pode ter consequências graves para a saúde, incluindo danos aos rins, ossos, fígado e sistema nervoso, além de aumentar o risco de alguns tipos de câncer. A prevenção e o controle da exposição a esses metais, portanto, é de suma importância para a saúde pública.

Por fim, espero que tenham compreendido que a contaminação por metais pesados é um problema grave que requer atenção imediata. É necessária uma abordagem multifacetada que inclua a educação do público, regulamentações mais rigorosas e monitoramento constante para garantir a segurança e a saúde de todos.

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