O assunto de hoje é um dos grandes males dentro da medicina atual e, também, o responsável por um número cada vez maior de vítimas nas mais diversas áreas da saúde: o uso crônico de medicamentos.
Antes de tudo, gostaria de dizer que o objetivo deste artigo não é, de forma alguma, “demonizar” a indústria farmacêutica.
No entanto, é preciso chamar a atenção para os possíveis exageros da prescrição médica e, ao mesmo tempo, para a ausência de melhora na qualidade de vida das pessoas.
Sim! A cada dia que passa os relatos de pacientes insatisfeitos com os resultados oferecidos por tratamentos medicamentosos só aumenta.
E além não terem a sua expectativa de saúde ampliada, esses mesmos indivíduos estão sendo submetidos a novos medicamentos para minimizar efeitos colaterais causados por outros.
O uso crônico de medicamentos por idosos
Um estudo publicado pela Revista de Saúde Pública da USP mostra que 93% dos idosos, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, utilizam pelo menos um medicamento de forma crônica.
Para 19,5% dos idosos assistidos, quanto mais a idade avança, maior também é a quantidade de remédios que eles passam a usar.
No entanto, aumentar o consumo de medicamentos nem sempre é a melhor saída para se combater as causas e efeitos de doenças ou processos degenerativos.
Aliás, além de elevar os riscos de reações adversas, o consumo de múltiplos medicamentos prejudica a eficácia dos tratamentos, causa intoxicações, e pode, inclusive, levar à morte.
Autorresponsabilidade e saúde
O primeiro passo para evitar o uso crônico de medicamentos é assumindo a responsabilidade pela nossa própria saúde.
Para isso, precisamos buscar SEMPRE compreender as causas de nossas doenças e, JAMAIS nos conformarmos com o uso contínuo de fármacos de qualquer espécie.
O paciente pode aumentar essa autorresponsabilidade, por exemplo, ao aperfeiçoar sua maneira de se comunicar com o seu médico, através de perguntas como:
- Esse medicamento controla um efeito, ou elimina a causa do meu problema?
- Essa medicação é isenta de efeitos colaterais que podem prejudicar a minha saúde?
- Se estivesse na minha situação, o senhor tomaria este medicamento?
A partir do momento que nós, profissionais, começarmos a perceber a falta de lógica em determinadas propostas terapêuticas, estaremos prontos para reduzir esse número de prescrições inadequadas.
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Como viver mais usando menos medicamentos?
Muito antes de ser um “direito” de estar bem, a saúde é um “dever” particular de cada um.
Nesse sentido, podemos dizer que a adoção de hábitos saudáveis é a principal forma de se obter qualidade de vida e, ao mesmo tempo, evitar o uso indiscriminado de medicamentos.
É como sempre digo:
São as escolhas que fazemos no dia a dia, e unicamente elas, que determinam a qualidade do tempo que viveremos com o passar do anos.
Uma alimentação adequada, praticar exercícios físicos, exposição solar e a qualidade do sono, por exemplo, podem ser remédios muito mais eficazes do que qualquer comprimido.
Para saber mais sobre como evitar o uso crônico de medicamentos, assista ao vídeo abaixo, e aproveite para se inscrever em meu canal no Youtube.