Entender a relação entre sedentarismo e envelhecimento traz á tona uma razão a mais para fazer exercício físico.
Engana-se quem imagina ser necessário apenas para a manutenção do peso saudável: essa prática é obrigatória a todos aqueles que desejam desfrutar de uma longevidade saudável.
Existem estudos já relacionando o sedentarismo aos níveis de estresse descontrolados, gerando mais ansiedade, o que também retroalimenta a questão do ganho de peso.
Todo esse processo de catabolismo também tem impacto a longo prazo. A falta de atividades físicas durante a vida cria uma dívida no cheque especial que, em algum momento, deve ser paga.
Falta de exercício é tão nociva quanto tendência genética
Entre os fatores de envelhecimento, é comum ouvir das pessoas uma enorme preocupação com a genética. Afinal, se os pais envelheceram rápido, será que os filhos devem seguir a tendência?
É certo que aquilo que recebemos de material genético não diz respeito ao que podemos controlar. Exatamente por isso, até concordo que vale a pena conhecer sobre a sua genética, desde que seja para colocar o foco naquilo que podemos melhorar.
Nosso estilo de vida deve favorecer a saúde, em primeiro lugar. Quando adotamos hábitos saudáveis, até mesmo aquelas tendências genéticas mais desfavoráveis, como obesidade e envelhecimento precoce, podem silenciar.
E se você soubesse que o sedentarismo pode ser tão problemático quanto uma má genética? É exatamente sobre isso um estudo conduzido pelo Laboratório Neofit, no Canadá.
O que diz o estudo?
Mais de 1.600 idosos sedentários entraram em um programa de exercícios por 12 semanas. Durante esse tempo, a memória dos participantes apresentou melhorias, porém, só aqueles que passavam por atividades de alta intensidade foram beneficiados.
Apesar de ainda não ser possível identificar como os esportes alteram a atividade cerebral neste sentido, os cientistas acreditam que as práticas devem ser receitadas como “remédio” ou profilaxia anti-idade.
O sedentarismo e envelhecimento também está bastante ligado ao envelhecimento celular.
As análises apontaram que 1 em cada 4 dos participantes tendiam ao desenvolvimento de demência. O objetivo do estudo era demonstrar
O foco do estudo está no fato de que indivíduos sedentários que não apresentavam predisposição genética corriam praticamente o mesmo risco de adoecerem do que aqueles que tinham casos de demência na família.
Ou seja, o estilo de vida que levamos pode ser tão predecessor quanto a genética. Isso porque exercitar-se ajuda o cérebro criando novos neurônios no hipocampo, o que resulta em melhorias na memória.
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O sedentarismo na menopausa
Uma pesquisa divulgada no American Journal of Epidemiology, indica que o envelhecimento celular pode ser ainda mais acelerado em mulheres idosas com estilo de vida sedentário.
Isso se dá em função de que o processo de encurtamento dos telômeros (extremidades dos cromossomos presentes nas células) é muito mais veloz do que nas pessoas que fazem pelo menos 30 minutos de atividade física diária.
Em contrapartida, um estudo realizado por pesquisadores da University of Birmingham e do King’s College London, mostrou que pessoas mais velhas que se exercitam regularmente, não só desafiam o processo de envelhecimento, como também, apresentam imunidade e massa muscular de indivíduos jovens.
Portanto, atividade física é sinônimo de qualidade de vida a curto, médio e longo prazo.
A relação entre sedentarismo e envelhecimento é intrínseca, logo, é importante manter esse tipo de manutenção da saúde na rotina.