A reposição hormonal representa oportunidades de mais energia e saúde para muitos pacientes. Ao examinar e realizar o balanço hormonal de muitos deles, a prescrição de hormônios bioidênticos pode ser indicada.
Um desses hormônios é a testosterona. Tanto para homens quanto para mulheres, a produção desse hormônio pelo organismo tende a cair com o passar dos anos.
Assim como a maior parte dos hormônios, a sua produção é regular até a idade entre 25 e 30 anos, com o seu pico na idade adolescente.
No homem, a testosterona constitui um dos principais anabolizantes naturais responsáveis pelo restauro de inúmeras funções do organismo. É uma grande ilusão achar que a testosterona é um hormônio apenas relacionado aos aspectos da esfera sexual.
A testosterona é um regulador metabólico sistêmico.
Conforme os anos passam e a testosterona entra em declínio, diversos sinais que podem ser confundidos com aquilo que é considerado “normal da idade avançada” começam a aparecer.
Os indivíduos que apresentam baixos níveis da testosterona podem se beneficiar muito da reposição, inclusive, é o que demonstra um estudo conduzido por brasileiros publicado em revista internacional.
O que diz o estudo?
Publicado na revista científica New England Journal of Medicine, esse trabalho mostrou que a testosterona estimula o organismo a produzir a enzima telomerase, capaz de prolongar a capacidade de as células se dividirem.
Com o passar do tempo, os telômeros vão ficando mais curtos. Isso impede as células de se reproduzirem, levando-as ao envelhecimento.
Tal processo está ligado à redução da telomerase, cuja ação repara os telômeros.
Então, os pesquisadores da Universidade de São Paulo – USP realizaram testes em laboratórios. Após os resultados, desenvolveram um protocolo com objetivo de prescrever a testosterona bioidêntica aos indivíduos com telômeros muito curtos e doenças associadas a mutações no gene codificador da telomerase.
Os resultados foram surpreendentes para a equipe. Ao todo, 45% dos participantes apresentaram alongamento dos telômeros, quando o objetivo inicial era apenas de reduzir esse encurtamento.
Assim, as expectativas foram superadas. A pesquisa abriu caminhos para novos estudos em que as doenças crônicas podem ser combatidas por meio da reposição hormonal.
O estudo também foi publicado na Revista Longevidade Saudável, edição 9, em 2015.
Sinais de que a testosterona pode estar baixa
Infelizmente, a deficiência de testosterona ainda é confundida com sinais óbvios de envelhecimento. Assim como as mulheres passam pela menopausa, os homens também contam com o seu próprio declínio hormonal, que é a andropausa.
Os exames laboratoriais costumam ser muito vastos e nem sempre refletem essa deficiência. Dificilmente, um exame de sangue possibilita identificar se os níveis de hormônios estão adequados.
Muitas vezes, a deficiência mostra-se tão sutil nos exames que não identificam a conversão da testosterona em estradiol, o que promove a diminuição do metabolismo e provoca os seguintes sintomas:
- Músculos mais flácidos;
- Força física diminui;
- Aumento da circunferência abdominal;
- Aceleração do envelhecimento cutâneo;
- Retração gengival;
- Redução da imunidade;
- Maior queda de cabelo.
Para que o homem continue usufruindo dos benefícios dos níveis equilibrados da testosterona, a sua reposição pode ser indicada conforme as informações dos exames cruzadas á sua sintomatologia e avaliação médica especializada.
Espero ter explicado sobre a importância da reposição de testosterona.
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