Qual é a importância dos primeiros mil dias de vida para a longevidade?

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primeiros mil dias e longevidade

A saúde do indivíduo em seus primeiros mil dias de vida são poderosos para determinar a longevidade não apenas dessa geração, mas também de seus filhos e netos.

O avanço científico e tecnológico deveria permitir que as crianças nascidas a partir desse século tivessem muito mais saúde e prosperidade. No entanto, vemos na prática algo diferente.

É cada vez mais comum ver crianças sofrendo com as doenças que eram consideradas de pessoas mais velhas, como obesidade, hipertensão e depressão.

Esse quadro lamentável está relacionado tanto aos maus hábitos que as crianças aprendem com seus pais quanto aos maus hábitos deles próprios.

Tudo tem início no pré-gestacional

Quando o gameta feminino e masculino, espermatozóide e óvulo, todo o histórico genético e os hábitos de vida refletem na construção desse novo ser. É uma nova história que começa!

A partir da primeira célula formada, inúmeras e infinitas outras terão origem na cópia e multiplicação. Quando as informações contidas nessa célula contam com falhas, a tendência é que se perpetue.

Quando falamos nos primeiros mil dias de vida, compreendemos o tempo entre a fecundação até completar dois anos de idade. É o que chamamos de fase chave para a programação metabólica desse novo ser humano.

Se os pais já levavam uma vida saudável antes da concepção, ele terá chances maiores de desenvolver saúde em toda a sua vida.

No entanto, sabemos que a maior parte das famílias não realiza esse planejamento para aumentar de tamanho.

Muito antes da gestação ser descoberta, trilhões de células já se formaram e multiplicaram. A partir da quarta semana, inclusive, o cérebro começa a ser formado, absorvendo todas as memórias desse tecido celular.

Mesmo quando os pais apresentam alguma comorbidade antes da concepção, há chances de evitar as doenças ao longo da gestação e até o segundo ano de vida.

Pela placenta, a mãe passa seus nutrientes e seus sentimentos ao bebê. Tudo isso impacta em sua formação futura.

A alimentação

Hoje, alimentar uma criança sem contato com açúcar durante os primeiros dois anos é fundamental. Ao mesmo tempo, parece um enorme desafio aos pais.

Afinal, os alimentos disponíveis da prateleira dos mercados oferece praticidade a um cotidiano cada vez mais atribulado. Enquanto isso, as propagandas e as companhias das crianças estimulam cada vez mais o consumo desenfreado de açúcar muito cedo.

A realidade é que o paladar desse novo ser inicia sua construção desde a gravidez.

Enquanto é gerado, o bebê engole o líquido amniótico a partir da 16ª semana. E o sabor desse líquido, que envolve o bebê enquanto se desenvolve no útero materno, é um resultado daquilo que a mãe se alimenta.

Assim, a alimentação deve ser muito equilibrada tanto para evitar doenças epigenéticas quanto para formar o paladar. Adicionar  verduras e legumes ao dia a dia aumenta as chances do bebê aceitar esses sabores durante a introdução alimentar, a partir do sexto mês de vida.

O mesmo vale para a alimentação da mãe enquanto amamenta. Quanto mais variada e equilibrada for a maneira que a mulher se alimenta, melhor será a formação do paladar e a saúde dessa pequena pessoa.

Alimentação da criança X Alimentação da família

O período da introdução alimentar compreende entre o sexto mês de vida e a criança completar um ano de idade.

Nessa fase, o bebê descobre os alimentos em seus diferentes sabores, formatos e texturas. É a educação do paladar. No entanto, a amamentação continua como a principal fonte de nutrientes.

A partir de um ano de idade, a criança deve estar pronta para se alimentar com a comida da família. Mas, o que ocorre é que nem sempre a família alimenta-se conforme o ideal para formar a saúde dessa criança até os dois anos de idade – e que, preferencialmente, deveria tornar-se um hábito para a vida.

É por isso que, ao ajustar os hábitos, inclusive a alimentação, dizemos que contribuímos com toda uma nova geração, inclusive seus filhos e netos, que vão receber os seus genes em suas células daqui a algumas décadas.

Espero ter esclarecido a importância dos primeiros mil dias de vida para a saúde da criança.

Para saber mais, assista ao vídeo abaixo onde falo com a nutricionista materno-infantil Andreia Friques sobre o assunto.

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