Qual a ligação entre envelhecimento e estresse

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O envelhecimento e o estresse andam em uma mesma via, com o primeiro sendo afetado diretamente pelo segundo.

E no mundo atual, meus amigos e minhas amigas, gerenciar o estresse não é uma tarefa fácil. Afinal de contas, estamos expostos a diversos estímulos estressantes diariamente. Desde o engarrafamento de trânsito até os conflitos interpessoais.

Já é de conhecimento de muitas pessoas que o estresse afeta sim o processo de envelhecimento, acelerando essa atividade oxidante das células e as desgastando com mais agilidade.

A velocidade do envelhecimento varia de pessoa para pessoa, mas pode-se atordoar este processo tomando diferentes cuidados para gerenciar o estresse e aumentar a qualidade de vida.

Inclusive, no artigo abaixo apresento como tais medidas podem ser tomadas, para que o envelhecimento e estresse sejam separados.

O processo de envelhecimento

A maneira como vivemos nossas vidas — nossa alimentação, nossos exercícios — pode ter um grande impacto sobre como envelhecemos

E não se trata apenas das coisas que fazemos para envelhecer bem, mas também das coisas que evitamos.

Inclusive, há um grande campo de pesquisa que busca compreender os fatores que causam as diferentes taxas de declínio relacionadas à idade. 

Em particular, os cientistas observam como esses fatores mudam nossa capacidade de lembrar e prestar atenção às coisas da vida cotidiana. Chamamos essas mudanças de “envelhecimento cognitivo”.

Trabalhos anteriores examinaram como a dieta ou a prática de exercícios físicos ou mentais (sudoku, palavras cruzadas) afetam o envelhecimento. 

No entanto, a quantidade de estresse que experimentamos ao longo da vida e o impacto que ele tem sobre o envelhecimento cognitivo tem permanecido uma área pouco pesquisada, até recentemente.

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O impacto do estresse

Estudos recentes descobriram que muitos dos aspectos negativos do envelhecimento cognitivo observados em pessoas mais velhas parecem estar relacionados à quantidade de estresse que experimentaram em sua vida. 

Para isso, foram medidos o número de eventos estressantes experimentados ao longo da vida. 

Se examinou uma série de fatores, desde experimentar uma doença grave ou perder um ente querido, até mudar os hábitos sociais ou mudar de casa. 

De acordo com os resultados do estudo, idosos que passaram por muito estresse tendem a ter um desempenho pior em tarefas cognitivas do que aqueles que passaram por menos estresse.

Em contrapartida, os idosos que não experimentaram muito estresse na vida desempenham tão bem as tarefas cognitivas quanto os jovens. 

Isso sugere que o estresse tem um grande impacto na habilidade mental e que o efeito disso só aparece na velhice. 

Na verdade, os jovens não diferiam uns dos outros em seu desempenho nos testes cognitivos, qualquer que fosse sua experiência de vida com o estresse.

Envelhecimento e estresse

O estresse vem em dois sabores básicos, físico e emocional — e ambos podem ser especialmente desgastantes para pessoas mais velhas. 

Os impactos do estresse físico são claros. À medida que as pessoas envelhecem, as feridas cicatrizam mais lentamente e os resfriados se tornam mais difíceis de curar. 

O estresse emocional é mais sutil, mas se for crônico, as eventuais consequências podem ser igualmente prejudiciais. Em qualquer idade, cérebros estressados ​​soam um alarme que libera hormônios potencialmente prejudiciais, como cortisol e adrenalina. 

Idealmente, o cérebro desliga o alarme quando os hormônios do estresse ficam muito altos.

Os hormônios do estresse fornecem energia e concentração no curto prazo, mas muito estresse durante muitos anos pode desequilibrar o sistema de uma pessoa. 

Sobrecargas de hormônios do estresse têm sido associadas a muitos problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, pressão alta e função imunológica enfraquecida. 

Para pessoas mais velhas que já apresentam risco elevado de desenvolver essas doenças, controlar o estresse é particularmente importante.

Relógio da vida

O estresse não apenas faz a pessoa se sentir mais velha. Em um sentido muito real, pode acelerar o envelhecimento. 

Um estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences descobriu que o estresse pode aumentar a idade das células individuais do sistema imunológico. 

Mas o estudo se concentrou em telômeros, tampas nas extremidades dos cromossomos. Sempre que uma célula se divide, os telômeros dessa célula ficam um pouco mais curtos e a pessoa fica “mais velha”. 

Quando o telômero fica muito curto, o tempo se esgota: a célula não pode mais se dividir ou se reabastecer. 

Este é um processo chave do envelhecimento e uma das razões pelas quais os humanos não podem viver para sempre.

Os pesquisadores verificaram os telômeros e os níveis de estresse de 58 mulheres saudáveis ​​na pré-menopausa. Assim, tivemos um resultado surpreendente: em média, as células do sistema imunológico de mulheres altamente estressadas envelheceram mais 10 anos. 

O estudo não explicou como o estresse acrescenta anos às células que constituem o sistema imunológico. Mas como escrevem os autores do estudo, “os mecanismos exatos que conectam a mente à célula são desconhecidos”. 

A saber, os pesquisadores têm uma teoria não muito surpreendente: os hormônios do estresse podem, de alguma forma, estar encurtando os telômeros e diminuindo o tempo de vida das células.

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Viva uma vida melhor!

A solução para isso tudo? Gerenciar o estresse! Mas por mais difícil que pode ser evitar o estresse em alguns momentos, adotar mudanças no estilo de vida podem trazer um impacto enorme na forma como envelhecemos.

Dessa forma, como fica claro no texto, e embasado em pesquisas científicas, o estresse em longo prazo causa diversos danos ao nosso corpo. Afeta nossa mente e organismo, nos deixa mais doentes e suscetíveis.

Por isso, a melhor coisa que você pode fazer por você é evitar o estresse sempre que possível.

Espero que tenha gostado do artigo relacionando o envelhecimento e estresse. E para mais informações, confira também o vídeo que gravei sobre o tema para meu canal do Youtube!