O câncer de mama na menopausa e na pós-menopausa cresce estatisticamente de forma assustadora. E ao contrário do que muitos pensam, o principal responsável é a carência hormonal.

Um estudo recente da Susan G. Komen Foundation descobriu que o risco de câncer de mama aumenta para mulheres que entram na menopausa mais tarde na vida. O risco de câncer de mama aumenta em cerca de 3% para cada ano a mais de vida uma mulher entra na menopausa.

As causas para este aumento exponencial ainda não são completamente conhecidos, mas há inúmeros estudos que comprovam que a queda nos níveis hormonais experimentados pela mulher após a menopausa pode estar diretamente ligado a essa maior incidência de câncer de mama.

Foi para trazer luz a este tema tão complexo, que une câncer de mama e menopausa, que preparei o artigo que compartilho abaixo. Sigam a leitura e tirem suas dúvidas!

Fatores de risco e menopausa

Muitos fatores para o desenvolvimento do câncer de mama não são modificáveis, incluindo idade, histórico familiar e raça.

No entanto, existem fatores de risco que você pode controlar, começando pela dieta. O Women’s Health Initiative Trial, o primeiro ensaio clínico randomizado que liga mudanças na dieta e um risco reduzido de morrer de câncer de mama, descobriu que mulheres na pós-menopausa que reduzem a quantidade de gordura em sua dieta podem ter um risco 21% menor de morrer de câncer de mama.

É importante notar que nenhum alimento ou dieta pode prevenir o câncer de mama, mas se o objetivo geral é manter seu corpo em boa saúde, a recomendação consumir mais frutas e vegetais por dia e evitar alimentos processadas e gorduras hidrogenadas.

Fumar e beber álcool também podem aumentar o risco de câncer de mama. Por exemplo, um estudo de 2017 publicado na Breast Cancer Research descobriu que mulheres que fumam por mais de 30 anos aumentam o risco de desenvolver câncer de mama em 22%.

O consumo de álcool tem sido associado a um risco aumentado de câncer de mama para mulheres na pré e pós-menopausa, em muitos casos porque o álcool limita a capacidade do fígado de controlar os níveis sanguíneos do hormônio estrogênio, o que pode aumentar o risco.

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Como o câncer de mama se forma?

Após a puberdade, os seios de uma mulher são compostos de gordura, tecido conjuntivo e milhares de lóbulos. Estas são pequenas glândulas que podem produzir leite. Pequenos tubos, ou dutos, transportam o leite em direção ao mamilo.

O câncer de mama se desenvolve como resultado de mutações genéticas ou danos ao DNA. Estes podem ser associado com defeitos genéticos hereditários ou genes herdados que podem causar câncer, como os genes BRCA1 e BRCA2 .

Mas quando uma pessoa está saudável, seu sistema imunológico ataca qualquer DNA ou crescimento anormal. Quando uma pessoa tem câncer, isso não acontece.

Como resultado, as células do tecido mamário começam a se multiplicar incontrolavelmente e não morrem como de costume. Esse crescimento celular excessivo forma um tumor que priva as células vizinhas de nutrientes e energia.

O câncer de mama geralmente começa no revestimento interno dos dutos de leite ou nos lóbulos que os fornecem leite. A partir daí, pode se espalhar para outras partes do corpo.

Câncer de mama e menopausa

Mas o que faz exatamente a mulher ter maior risco de câncer de mama na menopausa? Eu lhes digo: a menor produção hormonal do seu corpo.

Por exemplo, uma mulher na faixa dos 30, 35 anos, está no auge da sua produção hormonal e é mínimo o percentual de mulheres nesta fase da vida que desenvolvem o câncer de mama. Estatisticamente, é apenas uma para um grupo de mais de 19 mil.

Em contrapartida, na pós-menopausa, especialmente na faixa dos 7 aos 80 anos, os riscos de uma mulher ter câncer de mama se multiplicam exponencialmente, atingindo números de 1 em cada 8!!!

E qual a diferença entre uma mulher de 35 anos, e uma de 80? A produção hormonal, que após a menopausa passa ser praticamente nula. Ou seja, quanto menor a quantidade de hormônios presentes no corpo de uma mulher, maior sua probabilidade de desenvolver o câncer de mama.

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Previna-se por toda a vida

E como se reverte isso? Com conhecimento! O conhecimento nos permite buscarmos as informações que nos farão mais responsáveis com nosso corpo. Nos fará alimentarmos adequadamente, praticar exercícios com frequência, não negligenciarmos o sono.

Além disso, manter um controle hormonal em níveis ideais é fundamental ao longo de toda a nossa vida, seja em uma mulher jovem, ou em um que já está na pós-menopausa. E para isso, buscar a ajuda de um médico é parte fundamental do processo.

Um médico atualizado, conhecedor da importância dos hormônios em todos os processos fisiológicos, poderá lhe indicar os melhores tratamentos para que você tenha melhor qualidade de vida hoje e também uma longevidade saudável no futuro.

Por fim, espero que tenham compreendido a estreita ligação entre câncer de mama e menopausa, e inclusive recomendo que também assistam ao vídeo que compartilho abaixo e que gravei para meu canal do Youtube, onde aprofundo ainda mais o tema.