Psicobióticos no tratamento da depressão: entenda como funciona

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psicobióticos no tratamento da depressão

Estamos vivendo uma era onde os psicobióticos no tratamento da depressão são uma alternativa promissora contra este que é considerado o mal do século. Nosso país lidera o ranking dos diagnósticos de depressão na América do Sul, com 5,8% da população acometida.

A estimativa da Organização Mundial da Saúde – OMS é de que até 2020 a depressão seja a doença mais incapacitante do mundo. Atualmente, o tratamento da depressão é protagonizado por medicamentos que, infelizmente, costumam apenas silenciar a manifestação dos sintomas, em vez de tratar as causas.

Como médico, defendo que a prioridade de qualquer tratamento de saúde seja diretamente nas causas. Medicamentos devem ser administrados com mais responsabilidade e a psicoterapia também é importante, porém, existe um fenômeno químico em nosso organismo que não pode ser ignorado.

Para saber como agem os psicobióticos no tratamento da depressão, continue até o final deste artigo.

O que é um psicobiótico?

Se esse termo é uma novidade, certamente você já ouviu falar sobre probióticos. Os pequenos micro-organismos vivos que constituem nossa microbiota intestinal são grandes aliados de nossa saúde.

Os probióticos são bastante conhecidos por promoverem o equilíbrio do sistema digestório, o fortalecimento do sistema imunológico e melhorar a absorção dos nutrientes dos alimentos, prevenindo assim a obesidade e outras doenças.

O que ainda é pouco divulgado é a imensa contribuição desses pequenos organismos para a saúde do cérebro. A ansiedade e a depressão podem ser prevenidas, tratadas e curadas com o auxílio dos probióticos.

Leia também: O que é a nutrição hoje?

Entenda a relação entre intestino e cérebro

Intestino e cérebro estão mais próximos do que você imagina. O tema recebe enfoque há pouco tempo, afinal, as descobertas sobre o cérebro e sua relação com o corpo são bastante recentes.

Os psicobióticos tiveram seus efeitos estudados em organismos de roedores, os quais são fisiologicamente parecidos com seres humanos. Ficou comprovado que os psicobióticos produzem e fornecem substâncias neuroativas, como a serotonina e o ácido gama-aminobutírico, que atuam diretamente no eixo intestino-cérebro.

Nessa avaliação, ficou evidente que os piscobióticos no tratamento da depressão e da ansiedade são eficazes.  De acordo com os pesquisadores, esses efeitos estão relacionados às ações anti-inflamatórias de alguns psicobióticos, além da própria capacidade de reduzir a atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal.

Os estudos relacionados aos psicobióticos tem sido mais aprofundados e focados em pacientes com a síndrome do intestino irritável. Foi nesses casos que os benefícios foram identificados em uma população considerável de micro-organismos.

Portanto, o emprego de probióticos como o kefir, o kombucha, entre outras culturas de micro-organismos utilizados principalmente para quem deseja perder peso ou viver mais saudável, vai passar a ser também recomendado para aqueles com a saúde mental e emocional prejudicada.

Independente de você ser diagnosticado ou não com alguma dessas doenças físicas ou emocionais, eu recomendo o consumo diário dos probióticos. Nem é necessário uma grande quantidade, basta um copo ou uma porção por dia. Os benefícios para a sua saúde e bem-estar são imensos.

Espero ter esclarecido a você o emprego dos psicobióticos no tratamento da depresssão.

Até a próxima!

Dr. Ítalo Rachid

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