Microbioma e esclerose múltipla: mais uma descoberta positiva

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Microbioma e esclerose múltipla

Você conhece a relação entre micriobioma e esclerose múltipla? É muito provável que a resposta seja não. Os estudos realizados sobre o eixo intestino-cérebro ainda são recentes.

Os resultados, em geral, são bastante surpreendentes e só confirmam por que o intestino já é chamado de segundo cérebro. Sua importância é vital.

Eu trato da relação entre intestino e emoções neste artigo sobre depressão.

Pesquisadores descobriram atualmente que as células imunes do intestino também são capazes de atuar na redução da inflamação cerebral dos pacientes com esclerose múltipla. O aumento dessas células responsáveis por defender o organismo de invasores deve ser responsável por bloquear a inflamação permanentemente.

Sobre o estudo

O estudo foi conduzido na Universidade de Toronto e na Universidade de São Francisco. Para o experimento, foram usados camundongos – e você deve saber que eles contam com a estrutura do sistema nervoso bem semelhante à do ser humano.

As células que foram disponibilizadas para testes foram as células plasmáticas, conhecidas como os glóbulos brancos, por se originarem como  células B na medula óssea.

No entanto, essas mesmas células mudam de comportamento quando são ativadas pelos micróbios do intestino. Essas células produzem anticorpos imunoglobina A (IgA) que parecem migrar direto ao Sistema Nervoso Central.

Uma vez no local, produzem o efeito anti-inflamatório durante os surtos de esclerose múltipla. Durante os testes, ficou comprovado que o aumento dessas células plasmáticas erradicaram a neuroinflamação nos camundongos.

O poder do microbioma

Tais estudos não deixam margem para dúvida: são diversas as doenças originadas por desequilíbrios no intestino. A boa notícia é que também muitas delas podem ser prevenidas e até curadas quando o microbioma está saudável.

Essas descobertas recentes abrem caminhos para terapias mais simples, naturais e eficazes. Lembrando que a saúde do intestino tem tudo a ver com os hábitos de vida que a pessoa mantém: sua alimentação, as noites de sono e os exercícios físicos entram nessa conta.

É assim que posso concluir o artigo afirmando com convicção que cuidar da saúde intestinal é cuidar do seu futuro. Uma vida longeva e saudável depende disso.

Espero que essa informação sobre microbioma e esclerose múltipla seja útil a você.

Até a próxima!

Dr. Ítalo Rachid