Hormonologia e endocrinologia são especialidades que caminham de forma paralela, porém, independentes uma da outra.
Existe uma grande confusão entre o que tange ambas áreas da medicina, afinal, contam com os hormônios como medidor essencial para aquilo que se propõem.
Compreender as particularidades de cada uma é essencial para profissionais de saúde e mesmo para conhecimento da população geral, a fim de entender melhor os processos do próprio organismo.
De que se trata a endocrinologia?
A endocrinologia encarrega-se de avaliar as ações hormonais sob a ótica da detecção de doenças ou alterações metabólicas que possam levar a doenças ou comorbidades.
Alguns exemplos são o hipertireoidismo, a obesidade, diabetes e outras doenças que possam estar relacionadas a declínios hormonais.
Após o diagnóstico de declínios ou excessos, a endocrinologia usa tais parâmetros para identificar essas doenças e tratá-las.
Normalmente, essas condições estão relacionadas às glândulas endócrinas, responsáveis pela produção dos hormônios.
Assim, a endocrinologia não se ocupa de avaliar os efeitos dos hormônios no organismo, como é o caso da hormonologia. Mesmo assim, é uma área nobre que merece toda atenção e reconhecimento.
A hormonologia
A hormonologia procura usar os princípios das funções hormonais com o objetivo de manter as pessoas saudáveis.
É isso mesmo, hormônios constituem uma matéria-prima tão universal e holística que a sua observação pode visar tanto a descobertas de comorbidades quanto para tratar a saúde.
Hormônios são mensageiros químicos que governam a vida!
São produzidos em estruturas celulares chamadas glândulas e, a partir do momento em que são liberadas na corrente sanguínea, viajam em busca dos receptores das células, onde podem ligar-se e exercer suas funções.
Ao adentrar o núcleo da célula, algumas das suas atribuições são:
- Restauro, reparo e comando;
- Destoxificação;
- Controle de permeabilidade da membrana celular.
Uma vez no núcleo, o hormônio tende a expulsar das células aquilo que não serve e priorizar seu bom funcionamento.
É por isso que o equilíbrio hormonal tende a repercutir em todo o organismo, que passa a funcionar em uníssono.
Chamamos esse processo de homeostase do meio interno. Os hormônios são as moléculas constituídas pela natureza para manter o controle sobre todas essas funções.
Leia também: Quais as diferenças entre esteroides anabolizantes e reposição hormonal?
Qual é a conclusão?
O princípio básico que leva o corpo humano ao equilíbrio é o equilíbrio hormonal.
No entanto, esse equilíbrio é rompido gradualmente conforme o avanço da idade cronológica.
A partir dos 25 a 30 anos, a produção hormonal cada vez mais deixa de fazer sentido afinal, do ponto de vista biológico, provavelmente o ser humano já deve ter se reproduzido.
Conforme os hormônios entram em declínio, porém, os processos de anabolismo e catabolismo celulares também são prejudicados.
O propósito da hormonologia é reequilibrar essa perda natural, identificando quais hormônios o organismo deixa de produzir e realizando a reposição através dos hormônios bioidênticos.
E, assim, o corpo pode receber a oportunidade de recuperar a sua capacidade de restauro e de reparo.
É por isso que o domínio dos preceitos da hormonologia transcende especialidades e áreas da saúde. Não existem justificativas para um profissional responsável por cuidar da saúde das pessoas ignorar o funcionamento dos hormônios, afinal, são os regentes da vida.
Quer seja um médico especializado em metabologia, cardiologia, endocrinologia, neurologia, ou mesmo seja um educador físico, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista…
A base estrutural voltada à prevenção e promoção da saúde é a hormonologia.
Espero ter esclarecido neste artigo as diferenças entre hormonologia e endocrinologia.