Entenda o papel do estradiol no organismo feminino

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O corpo da mulher é composto por uma série de hormônios essenciais. Sendo ele um sistema complexo e perfeito para a geração de uma nova vida, cada componente tem sua importância e necessidade. No artigo desta semana, vamos falar sobre a presença do estradiol no organismo feminino.

O estradiol é um hormônio sexual estereoide, estando na posição de mais importante para a sexualidade da mulher.

Dentre as suas funções relacionadas ao sistema reprodutor, estão outras extremamente importantes para a saúde da mulher e para a sua qualidade de vida.

Portanto, se este é um assunto que lhe interessa, siga até o final da leitura para compreender como este hormônio atual, qual a importância do estradiol no organismo feminino e o que acontece com a saúde da mulher quando chega a menopausa.

Essas são informações esclarecedoras, assim como inquietantes.

O que é estradiol?

O estradiol é um hormônio produzido, principalmente, nas células granulosas dos tecidos ovarianos por ação de um outro hormônio produzido na hipófise, chamado hormônio folículo estimulante, o FSH.

A função do estradiol no sistema reprodutor é provocar o espessamento da cavidade uterina, ou seja, a formação do endométrio preparando o útero para receber um óvulo fecundado.

Quando não existe a fecundação, o endométrio é renovado dando origem a menstruação.

O que acontece é que pouco se estuda sobre o estradiol e suas funções. Além, da função de preparação do útero, sabe-se que o estradiol tem ação anabolizante no corpo feminino.

O efeito anabolizante é responsável por repor e restaurar estruturas importantes como a massa muscular, massa óssea, pele e colágeno, por exemplo. Com isso, a deficiência do estradiol natural terá impactos relevantes na vida da mulher, caso seja negligenciada.

A importância do estradiol no organismo feminino

Ao ter clareza sobre a influência do estradiol no organismo feminino é preciso entender como as mulheres têm enfrentado problemas de anabolismo ou até mesmo com doenças mais graves conforme a idade vai avançando.

Sendo assim, é indispensável compreender que a produção do estradiol natural pode ser afetada pelo uso de contraceptivos hormonais (orais ou não) durante a idade fértil, ou seja, desde a primeira menstruação.

Quando a mulher decide ou é orientada a utilizar anticoncepcionais por longos períodos de tempo, ela faz com que o organismo desaprenda a controlar e produzir os seus hormônios naturalmente. 

As pílulas anticoncepcionais são compostas pelo estradiol artificial, o chamado etinilestradiol. Tais hormônios artificiais não atuam no corpo feminino como o estradiol natural. Além disso, a presença deles faz com o cérebro entenda que não é necessário produzir estradiol, já que se tem em grande quantidade, uma vez que a mulher utiliza o contraceptivo hormonal. 

Todo esse processo, faz com que a mulher não ovule, portanto não engravide.

Contudo, o corpo da mulher sentirá os efeitos dessa intromissão mais rápido do que se imagina, principalmente quando ela tem dificuldades de ganhar massa muscular, sente sua pele perder viscosidade e elasticidade rapidamente e começa a sentir dores nas articulações entrando em processo de catabolismo.

Você também pode gostar de ler: Quais são as funções da progesterona no organismo feminino?

A chegada da menopausa

Com a chegada da menopausa, os hormônios femininos e responsáveis pela reprodução deixam de ser produzidos, assim como o estradiol.

Este é um processo natural da vida da mulher mas, está longe de ser algo que não mereça tratamento e atenção, sendo que afeta consideravelmente a qualidade de vida delas.

Desta forma, nós como promotores da saúde precisamos entender que essa é uma fase em que a mulher passa por uma transição bastante agressiva. Ao olhar no espelho ela já não se reconhece mais, o envelhecimento chega de forma avassaladora, assim como, suas condições cerebrais e metabólicas vão perdendo o vigor.

Chegar na menopausa é natural, contudo suas consequências não podem ser consideradas como normais.

À vista disso, entrar na menopausa e perder estradiol é um fenômeno crônico e degenerativo com impactos importantíssimos na vida da mulher. Mulheres com deficiência de estradiol estão suscetíveis ao aumento de risco de incontáveis desequilíbrios e doenças, como por exemplo:

  • Neurodegeneração;
  • Demência e Alzheimer;
  • Cânceres, principalmente o câncer de mama;
  • Degeneração do colágeno;
  • Decadência das elastinas;
  • Definiciena do sistema imunológico;
  • Perda de massa óssea;
  • Diminuição da atividade osteoblástica e aumento da atividade osteoclástica;
  • Aceleração dos processos físicos e metabólicos do envelhecimento;
  • Deterioração da qualidade do pensamento;
  • Diminuição da cognição;
  • Piora na qualidade do sono;
  • Atrofia urogenital;
  • Perda da lubrificação vaginal e interesse pelo sexo.

Por último e extremamente importante: perda do interesse pela vida.

Além da queda hormonal

Desta forma, não é difícil perceber que não se poder permitir que as mulheres aceitem a deficiência do estradiol como algo natural, durante a menopausa; ou normal, durante a sua vida reprodutiva.

As consequências dessa atitude podem ser cruéis e irreversíveis.

Ou seja, a menopausa é um processo catabólico, uma endocrinopatia grave com repercussão biopsicossocial e, nós médicos, temos um compromisso eminente de resgatar os níveis hormonais por meio de reposição para que essas mulheres tenham uma vida mais longa e saudável.

Assim como, de orientar sobre os métodos contraceptivos e suas consequências a médio e longo prazo quando a mulher está na sua idade fértil.

Os hormônios femininos precisam estar em equilíbrio em todas as fases da vida.

Para saber mais sobre este assunto, acesse meu Canal no Youtube e confira minha playlist Hormônios em Pauta.

Este post tem 3 comentários

  1. karla

    Boa Noite!! gostaria muito de entender um pouco mais sobre o processo da menopausa..obg

  2. Aline

    Tenho 40 anos meu ESTRADIOL está 17pg/ml. Gostaria de engravidar será que teria uma solução ?

  3. Ana

    Pois então…esta página e o Dr. Ítalo Rachid tem me ajudado muito a ser uma “paciente” não tão paciente assim. O problema é ser uma “paciente” questionadora e não encontrar médicos que auxiliem. Já fui a muitos, mas muitos mesmo, ginecologistas e endocrinologistas, aqui em Porto Alegre. Todos estão muito interessados……no meu colesterol!! Vou continuar batendo de porta em porta, até encontrar um médico aqui, que eu possa pagar (pequeno detalhe), que me “enxergue” como uma pessoa e não como “um colesterol”.

Comentários encerrados.