Quais os efeitos do estradiol no cérebro?

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efeitos do estradiol no cerebro

O estradiol, o tipo de estrogênio produzido pelos ovários durante os anos reprodutivos de uma mulher, é o fator mais importante para a saúde do cérebro.

Inclusive, um estudo de 2020, mostrou que mulheres com períodos reprodutivos mais longos — medidos desde o início da menstruação até o momento em que entram na menopausa — estavam mais protegidas contra formas progressivas de esclerose múltipla. 

O estudo também mostrou que quanto mais gestações uma mulher teve, menos sua doença progrediu, sugerindo que a inundação de estrogênio durante a gravidez aumentou a proteção.

Para explicar os efeitos do estradiol no cérebro, compartilho com vocês o artigo abaixo, com informações e estudos conclusivos. Confiram!

O que é estradiol?

O estradiol é um hormônio sexual e esteroide. É o estrogênio mais ativo no corpo e é produzido principalmente no ovário, mas o cérebro, tecido adiposo, células imunes e ossos também podem produzir estradiol.

É produzido a partir de testosterona e progesterona, que também são hormônios sexuais. No cérebro, as enzimas aromatase P-450 são responsáveis ​​pela sua formação. 

Estudos indicam que os níveis de estradiol são mais altos ao nascimento e diminuem gradualmente à medida que envelhecemos.

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Função cerebral

O estradiol pode atingir o cérebro, onde ajuda a proteger a estrutura e a função do cérebro. Mas supõe-se que tenha efeitos neuroprotetores no córtex cerebral, hipocampo, prosencéfalo basal e corpo estriado. 

Pesquisas limitadas sugerem que o estradiol pode desempenhar um papel na criação de conexões entre as células nervosas do cérebro. Ou seja, parece inibir ou promover este processo dependendo da localização dentro do cérebro. Também pode influenciar a fisiologia dos nervos em desenvolvimento no cérebro.

Pesquisadores postulam que o estradiol pode ser, em parte, responsável pelas diferenças de gênero na função cerebral – incluindo pensamento, estresse, ansiedade, agressão e movimento.

Além disso, o estradiol também promove ou previne a morte celular (apoptose) em algumas partes do cérebro em desenvolvimento, o que contribui para as diferenças sexuais. 

Os neurocientistas também ligam o estradiol ao aumento da dopamina, o que pode afetar a motivação (especialmente a motivação sexual). Também pode afetar a cognição.

Perda de estradiol

Perder estradiol, por outro lado, pode prejudicar o cérebro. O fim dos anos reprodutivos de uma mulher e a queda concomitante de estradiol desencadeiam inúmeras mudanças cerebrais, algumas das quais, os pesquisadores estão aprendendo, podem não se tornar evidentes até décadas depois.

Por exemplo, estudos mostram que a doença de Alzheimer, normalmente diagnosticada em mulheres na faixa dos 70 anos, provavelmente começa a se desenvolver enquanto ela ainda está na casa dos 50 anos. 

A pesquisa encontrou evidências que as placas amilóides, as proteínas que se associam ao desenvolvimento da doença de Alzheimer, ou seja, já estavam se acumulando nos cérebros das mulheres durante a transição para a menopausa. Embora as mulheres não mostrassem evidências de declínio cognitivo nessa idade. Ela também encontrou encolhimento nos centros de memória do cérebro das mulheres.

Mas há outros sinais de que o cérebro está mudando na meia-idade, quando a perda de estradiol torna as mulheres mais vulneráveis ​​a doenças. Por exemplo, o mesmo estudo mostrou um aumento na ansiedade, depressão, esclerose múltipla e outros distúrbios imunológicos durante a menopausa. 

Ou seja, para as mulheres com predisposição para essas condições, é quando a condição parece ser ativa, logo após o início da sua menopausa.

Inclusive, imagens foram usadas para rastrear níveis de energia do cérebro, mostrando que, em média, diminui em 20% ou mais durante a menopausa. 

Os homens da mesma idade não mostraram mudanças. O que pode ser porque eles normalmente não experimentam um declínio hormonal tão rapidamente ou tão cedo quanto as mulheres.

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Saúde cognitiva

O que os estudos nos mostram que é o declínio hormonal é responsável por diversos distúrbios no organismo humano. E o estradiol tem um impacto direto no cérebro.

Nesse sentido, torna-se fundamental um acompanhamento com profissional de saúde para acompanhar seus níveis hormonais, como forma de ter mais vitalidade e uma longevidade saudável, física e psíquica.

Por fim, espero que tenham compreendido os efeitos do estradiol no cérebro e, para mais informações sobre saúde e longevidade, lhes convido a seguir meu canal do Youtube!