Você sabia que é possível estimular o intestino a partir do cérebro?
Com mais de 70% de todas as células do sistema imunológico do organismo e um sistema nervoso autônomo, o intestino tem uma relação estreita com o cérebro.
É por isso que algumas alterações significativas e benéficas na saúde intestinal contribuem para melhorar a saúde imunológica e neuronal.
Os neurônios presentes no intestino reúnem as mesmas células que constituem o cérebro. Ao todo, são mais de 500 milhões delas. Entre suas características, está a produção de 90% da serotonina do organismo.
A serotonina é o neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar, e ainda assim, é apenas um entre os 30 neurotransmissores produzidos pelo intestino que influenciam no funcionamento do cérebro.
Por aí, já deu para entender que a ponte entre intestino e cérebro é muito estreita. Continue até o final para conhecer algumas estratégias para estimular o cérebro a partir do intestino.
Consumo de psicobióticos
Já falei sobre esse assunto neste artigo. Kefir, kombucha, chucrute e tempeh são excelentes opções para manter a microbiota intestinal em equilíbrio.
Esses alimentos contam com microorganismos benéficos ao intestino. Ao chegarem vivos no intestino, povoam a microbiota. Em troca de nós mantermos esses microorganismos vivos, eles fortalecem a nossa imunidade e promovem a produção dos neurotransmissores responsáveis pelo nosso bem-estar.
Passe longe de glúten e lactose
Glúten e lactose são proteínas de difícil digestão pelo nosso intestino e, portanto, geram uma sobrecarga de energia concentrada para digeri-los. Quando esses ingredientes passam pelo intestino, geram um processo inflamatório.
O mesmo vale para alimentos à base de soja, como óleo de cozinha, ou contaminados por agrotóxicos.
Água filtrada
O consumo de água armazenada em plásticos é preocupante devido aos riscos que a liberação do bisfenol-A (o famoso BPA) trazem para a saúde. Por outro lado, a água vinda diretamente da rede de abastecimento costuma ficar repleta de cloro e outros metais que podem prejudicar o intestino e, também, a saúde do corpo como um todo.
Priorize as gorduras monoinsaturadas
Alimentos como azeite de oliva, abacate, amêndoas, nozes e castanhas são ricos em gorduras monoinsaturadas. Embora sejam gorduras não-essenciais, ou seja, o organismo não depende delas para o pleno funcionamento, são valiosas para a saúde intestinal.
Essas gorduras contribuem para a regulação do açúcar no sangue, combatem doenças degenerativas, evitam a obesidade e as doenças cardiovasculares.
Controle o estresse
Não podemos evitar as situações estressantes. No entanto, podemos controlar os efeitos do estresse no organismo. Estratégias como meditar e fazer exercícios físicos auxiliam a controlar esses efeitos.
Mas, o que o estresse tem a ver com o intestino? Seu efeito de liberação de hormônios como adrenalina e cortisol pode alterar outros hormônios, gerando desequilíbrio e até promovendo o risco de uma disbiose intestinal.
Assim, com o microbioma prejudicado, fica impossível estimular o cérebro a partir do intestino.
Eu espero que este artigo ajude você a entender por que é tão importante cuidar do intestino se quiser manter o cérebro em suas plenas funções.