O corpo da mulher na menopausa passa por uma série de transformações.
No entanto, essas mudanças vem com o tempo, e não chegam apenas com a interrupção da menstruação.
Trata-se de um processo do envelhecimento, que é natural, geralmente em torno dos 45 a 55 anos.
Também, atualmente, é comum que essas mudanças venham com a retirada do útero ou remoção dos ovários, de uma forma menos sutil e progressiva.
O estudo mais recente, realizado em 2010 pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo – FMUSP, a média de idade em que as mulheres entram na menopausa é aos 48,1 anos.
Associamos a menopausa principalmente ao impedimento da mulher gerar novos filhos, no entanto, seus impactos em todo o organismo vão muito além da função reprodutiva.
O que causa a menopausa?
A menopausa é caracterizada pela ausência de menstruação durante mais de 12 meses consecutivos. Logo, é de se concluir que esse processo é gradual e avança conforme a idade.
Sua causa está ligada principalmente à queda dos hormônios estradiol e progesterona. Ambos estão intrinsecamente relacionados ao ciclo menstrual, mas não exercem função apenas ali.
Somente o estradiol controla no corpo feminino mais de 400 funções, que influenciam desde a qualidade da pele até o metabolismo ósseo.
Infelizmente, na atualidade, as pessoas são levadas a associar a chegada da menopausa apenas às ondas de calor.
Na realidade, nem todas as mulheres vão sentir esses “fogachos” que, inclusive, estão bem distantes de serem o problema principal.
A grande questão que merece atenção de médico e paciente está relacionada especialmente aos impactos desses hormônios no organismo, que vão muito além das funções ovarianas.
Impactos da perda hormonal
A redução gradativa da concentração hormonal impacta o corpo da mulher na menopausa de maneira global. Entre as mudanças que a mulher experimenta que podem ser decorrentes da queda hormonal, podemos destacar:
- Perda de massa óssea que pode culminar em osteoporose;
- Redução da capacidade imunológica;
- Aceleração da deterioração neuronal que pode levar ao Alzheimer;
- Atrofia da vagina;
- Perda da libido;
- Aceleração do envelhecimento facial.
A menopausa é uma endocrinopatia de enormes repercussões para a vida da mulher.
Ela pode sentir-se mal humorada, mais ansiosa, depressiva, além de estar exposta a riscos de doenças como Alzheimer e osteoporose devido a essa perda hormonal.
Sabemos que os hormônios ovarianos são protetores dos neurônios femininos, logo, a mulher pode ficar mais vulnerável a esse tipo de doença.
Ovários são glândulas que recebem comando direto da glândula pineal, que produz a molécula contra reguladora chamada melatonina.
A perda precoce desse hormônio pode levar à redução da vida útil dos ovários e levar essas pessoas à perda da qualidade da saúde, envelhecimento acelerado e risco de doenças.
Leia também: Como cuidar da saúde feminina em todas as fases da vida?
Como a reposição hormonal pode ajudar?
Essas mulheres, ao procurar ajuda para restabelecer a qualidade de vida, costumam ouvir que não é algo necessário ou possível, por se tratar de um processo natural.
Como médico focado na promoção da saúde e qualidade de vida, acredito que não devemos ignorar o aumento da expectativa de vida da população.
Embora seja mesmo natural, suas consequências passam longe de ser normais.
Por isso, o tratamento hormonal individualizado não apenas é indicado para melhora da qualidade de vida, como também pode impedir que a mulher sofra com diversos riscos à saúde.
Entender o que acontece com o corpo da mulher na menopausa é de extrema importância para mantê-la saudável.
Para saber mais, assista ao vídeo abaixo e aproveite para se inscrever em meu canal do YouTube.