Automedicação e desequilíbrio fisiológico: entenda a relação

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Você sabe qual a relação entre automedicação e desequilíbrio fisiológico? Aliás, esse é um tema que poderia encerrar rapidamente.

Afinal de contas, se introduzo dentro do meu corpo uma substância que vem dentro de uma cápsula, e essa substância não é produzida pelo nosso corpo, estaremos produzindo um desequilíbrio fisiológico. 

Mas quando prescrito por um médico, o profissional identificará uma necessidade desse medicamento. E não estou aqui para julgar nenhum médico se é necessário ou não as medicações.

Mas, quando ocorre a automedicação, quando tomamos determinado medicamento por conta própria, podemos ter mais malefícios do que benefícios ao nosso organismo. 

E é sobre essa relação entre automedicação e desequilíbrio fisiológico que abordo no artigo abaixo. Confira!

O problema da automedicação

Por exemplo, você sabia que dentro das 195 nações que existem vinculadas à Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país onde mais se toma medicamentos no planeta?

Além disso, quando colocamos dentro desse universo os medicamentos prescritos pelo médico, os descritos por você mesmo, por um amigo, pelo balconista na farmácia, esse problema se torna ainda maior.

Aliás, podemos dizer o Brasil é medalha de ouro quando o assunto é automedicação. É claro que isso tem um preço, e é sobre esse preço que eu gostaria de refletir.

Aliás, que fique claro que de forma alguma criticando ou tecendo qualquer comentário desabonador ao fato do indivíduo ter procurado um médico. Vejo que para receitar um remédio, o médico fez um diagnóstico.

E na concepção daquele profissional, a condição para que aquela doença fosse resolvida  depende de um fármaco. Depende de uma droga, de um remédio. E esse remédio foi prescrito. 

Entretanto, do outro lado da moeda, temos que imaginar o que acontece dentro do corpo humano que recebe uma molécula que não pertence ao sistema. Enfim, pode ser um analgésico, pode ser no antitérmico, pode ser um ansiolítico, um sonífero, um anti-ácido, um antibiótico, um anticoncepcional. Qualquer droga tem o mesmo princípio.

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Um laboratório dentro do nosso corpo

Essas moléculas farmacológicas não existem e nem nunca existiram dentro do corpo humano. Como conclusão, quando essas substâncias entram no nosso corpo elas são prontamente reconhecidas como impróprias. 

São alienígenas e o corpo entende que são não-pertencentes ao sistema. Dentro do nosso corpo há um grande laboratório, chamado fígado. Ele é constituído de células ultra especializadas chamadas hepatócitos. 

Esses hepatócitos ao reconhecerem a presença dessa molécula estranha, vão lançar um conjunto de ferramentas sobre aquela droga para modificá-la. Esse é o processo de metabolização hepática dos medicamentos.

Todos os remédios, sem nenhuma exceção,  passam pelo mesmo processo. Seguem o mesmo caminho. Seja ele introduzido pela via oral injetável, vai circular e chegar ao fígado. Lá será capturado e conjugado.

Essas drogas vão passar por duas fases. Primeiro a fase de metabolização, onde são conjugados com a molécula chamada ácido glicurônico. A partir daí acontece a fase de metabolização, na qual são modificadas e distribuídas pelo nosso corpo.

E quando passam pelo nosso corpo, qualquer substância, sem exceção, produzem efeitos colaterais, os chamados efeitos adversos.

Ataque às funções metabólicas

O que é mais crítico e o que nós precisamos compreender é que a maioria dos efeitos colaterais é um ataque às funções metabólicas. 

Não temos nenhuma forma de perceber que aqueles danos estão ocorrendo. Ou seja, se por um lado essas substâncias estão trazendo um benefício, por outro lado estão trazendo malefícios.

Da mesma forma, outro ponto muito interessante a se observar é que a maioria dos medicamentos são anti alguma coisa, bloqueadora disso, bloqueadora daquilo, inibidor daquele outro. 

Isso significa que essas drogas atuam adulterando reações fisiológicas normais dentro do nosso corpo. Elas impedem que enzimas sejam produzidas. Elas impedem que uma proteína seja produzida. Atuam impedindo que o vaso se contraia. Impedindo que o corpo libere ou absorva determinada substância.

Isso agrava ainda mais o potencial iatrogênico dessas moléculas. Iatrogênico é uma coisa causada de forma deliberada. Ou seja, eu sei que aquilo vai causar um problema, e ainda assim prescrevo. 

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Não sou contra medicamentos

Quero deixar aqui para reflexão final que não sou contra medicamentos.

Aliás, sou contra a falta de reflexão quando se prescreve, quando se usa medicamentos, e quero deixar aqui alguns pontos importantes, sobre a utilidade real dos remédios.

Causa de mortalidade

Em primeiro lugar, medicamentos regularmente prescritos por médicos já respondem pela terceira causa de mortalidade dos Estados Unidos e no Brasil. Ou seja, os efeitos colaterais que leva à morte só estão perdendo hoje para o infarto e para o câncer.

Esse é um ponto importante de reflexão sobre os medicamentos. Se por um lado estou trazendo alguns benefícios, por outro estão matando pessoas.

Existe no meu corpo?

A segunda reflexão que trago é, quando recebo um medicamento, essa substância existe dentro do meu corpo? Essa é uma pergunta importante, uma reflexão que devemos fazer.

Eu produzo essa substância?

A terceira reflexão que trago é se minha condição de saúde que foi desequilibrada. Por exemplo, se foi feito o diagnóstico de uma comorbidade ou de uma doença, depende da presença dessa substância do meu corpo? Ou seja, eu produzo, ou em algum momento produzi, essa substância meu corpo? 

Todavia, talvez um dos pontos importantes, que não podem escapar dessa alça de reflexões, questionar o médico, da seguinte maneira: “Doutor, o senhor teria coragem de tomar esse mesmo medicamento que está prescrevendo para mim?”

Automedicação e desequilíbrio

Dessa forma, quando se fala em automedicação e desequilíbrio, essas reflexões são pontos fundamentais. Devemos refletir se realmente são necessários tantos remédios para nós vivermos bem e com qualidade.

Embora em muitas situações possamos precisar deles, em várias outras condições médicas eles não são necessários. Como disso, não estamos aqui para difamar, mas para refletir e que após possamos concluir que essas substâncias estão sendo escritas de forma exagerada muitas vezes.

Ou seja, estamos tomando medicamentos muito além do necessário, sem uma justificativa. E muitas vezes, apenas para controlar efeitos e nunca para debelar as causas reais dos problemas.

Ou seja, precisamos sempre analisar sobre a automedicação e desequilíbrio, de que forma essa substância agirá no nosso corpo e o que causará além disso?

Portanto, espero que tenha gostado do artigo sobre automedicação e desequilíbrio. E para mais dicas e informações, siga também meu canal no Youtube.